5 dicas de gramática (e feministas)

No artigo de hoje, vamos falar um pouquinho sobre nossa língua portuguesa, seus truques e alguns truques patriarcais dentro deste aquário chamado vida em sociedade capitalista.

Saber nossa gramática sempre agrega valor em como nos comunicamos, tanto na língua falada, mas principalmente na língua escrita. Muito importante também é saber identificar e se posicionar diante de falas machistas e relacionamentos abusivos.

Esses assuntos podem parecer um pouco complicados, mas te convido a observar as sentenças a seguir para entender melhor!

1.      Ele não me deixou ir a festa.

O erro gramatical está no artigo e preposição “a”, que neste caso tem crase: “à festa”.

O erro cultural está no “Ele não me deixou”. Ele não tem que te permitir nada. Você decide os seus passos.

2.      Meu namorado falou para mim não andar com a Rebeca.

Já neste caso, o pronome pessoal oblíquo tônico “mim” foi utilizado equivocadamente no meio da frase, pois deve ser utilizado sempre para finalizar a frase. O emprego do pronome correto seria “eu”.

Porém, o que precisa ser finalizado é o pensamento do seu namorado que acha que pode dar ordem sobre as suas companhias. Você anda com quem bem entender.

3.     Meu marido não gosta que eu cumprimente o Dante quando vejo ele.

Na frase acima, o pronome “ele” deve ser trocado pelo pronome oblíquo “o”, ficando da seguinte forma: “Meu marido não gosta que eu cumprimente o Dante quando o vejo.”.

Outro erro está em seu marido expressar que não gosta que você cumprimente alguém, o que ele gosta ou deixa de gostar deve ser tratado em sessão de psicoterapia.

4.     Será se eu devo trocar meu vestido por que o Arthur falou que está curto demais?

No item 4,  o pronome apassivador “se” está inserido indevidamente logo após o verbo.  Neste contexto, a conjunção “que” fica melhor inserida.

O que de fato deve ser trocado amiga, é o Arthur. Homem nenhum está apto para dar opinião na sua vestimenta. A sua vontade sempre deve ser soberana, querida.

5.   De vez em quando eu cuo o café no meu trabalho e fica um cheirinho muito bom no escritório. Esses dias o Ruan disse que minha primeira tarefa do dia deveria ser fazer o café.

     Neste exemplo o verbo “coar” está conjugado indevidamente, o correto seria “eu coo o café”.

Outra particularidade indevida nessa frase é o Ruan te vincular à uma tarefa predominantemente feminina, que é fazer o café, estar na cozinha com a subliminar desculpa de que o cheirinho é bom. O cheirinho é ótimo, o Ruan e seu comentário, não.

E essas foram as 5 dicas de hoje e espero que elas sejam úteis no seu dia a dia, seja na hora de mandar um e-mail, fazer um post no Instagram  ou até mesmo mandar um sujeito se situar, porque você pode, menina!


Com carinho,


Raquel, escreve.

Obs.: No texto de hoje utilizei uma Linguagem mais jovial, voltada para um público que estuda e pesquisa dicas, montado em estrutura de blog de concursos. Outro recurso que utilizei, foi a ironia, mas que é um estilo pessoal que gosto de aplicar na escrita também ;)

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