Reflexões sobre os nossos direitos
Será que realmente lutamos pelos nossos direitos ou só tomamos a noção deles para berrar nossa raiva nas redes sociais, ou até ao vivo com amigos e conhecidos?
Aquele fornecedor de casamento
que deu um calote, os Correios que não pagam o reembolso de uma encomenda danificada,
assédios e irregularidades sofridos no emprego, negligência médica. Até
onde vai o nosso fôlego para ir atrás das causas que nos sentimos lesados?
Vamos até o fim, levamos de fato
à justiça ou só até ali na esquina com a exposição do mal serviço prestado ou
da má experiência vivida?
Será que já estamos tão
desacreditados da justiça, que o simples gritar o descontentamento nas redes
sociais, ou até mesmo apelar para a política do cancelamento já são medidas
suficientes para nos sentirmos menos lesados por esses infortúnios?!
Você conhece alguém que já
conseguiu ganho de causa por reclamar os seus direitos? Você reclama? Eu não, confesso. Tenho muita raiva quando acontece, tenho raiva inclusive de fatos de
5 anos atrás, principalmente na época do meu casamento, mas o máximo que já fiz
foi gritar no telefone e ameaçar ir à justiça. Nunca nem conversei com um advogado.
Sempre acho que o desgaste vai
ser maior do que qualquer indenização que eu possa receber. Gritar meu ódio já
me relaxa. Mas esquecer eu nunca esqueço. Será que se eu tentasse e perdesse ia
me sentir melhor ou pior? Para os casos citados, nunca saberei.
E para os casos futuros? Será que
algum dia terei ânimo para ir atrás do prejuízo que por desventura me ocorrer?
Não sei.
Essa vida passiva, de aceitar
como perdido os revezes repentinos, não traz novos resultados. A partir do
momento que nos colocamos como seres atuantes da nossa própria caminhada,
autorizamos os demais a seguirem adiante também.
Essa certeza, me traz esperança e
o saber que o movimento traz novas possibilidades me impulsiona a agir. A
não calar. Trazer à tona. Não só mais gritar e extravasar. Dizer, contar, nem
que seja para ajudar pelo menos, uma única pessoa. Assim que a corrente começa.
Dizendo ao mundo a minha dor. Ela pode doer em outros seres também.
Me veio também que a luta pelos
nossos direitos pode ser feita no dia a dia. Na prática do bem, da boa convivência,
das coisas justas e não só nos momentos de perda. Não só na escassez. Talvez
seja essa a maneira mais nobre de lutar por eles: pelo exemplo.
E você, como tem lutado pelos
seus direitos? Me conta aqui nos comentários, vamos conversar!
Com carinho,
Raquel, escreve.
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